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Letras: O amor não tem idade

Oi pessoal, como vão?

Escrevi um texto sobre o amor na adolescência que foi bem lido

e comentado nas redes sociais, então resolvi escrever está série.

Hoje vou falar sobre a mulher e o amor.

Existe maturidade quando se ama?

Vem conferir!



Ela viveu uma paixão fulminante.

Seus olhos brilhavam e o coração acelerava.

Suas mãos suavam e tremiam.

Todos os seus pensamentos eram para ele.

Agora eles são apenas um, e não dois.

Estavam apaixonados.

Os dias, tornaram-se meses e depois tornaram-se anos.

E a paixão fulminante que a fazia sentir-se em um mar de ondas incontroláveis,

se transformou ao longo dos anos, em um lago tranquilo. Navegável.

E então, o amor aconteceu.

Talvez suas mãos não tremam mais na presença dele.

Talvez seu coração não bata mais desesperado dentro do peito quando o vê.

Talvez até seus olhos não brilhem mais quando olha para ele.

Mas uma coisa, continua igual se ela o ama:

Seus pensamentos ainda são dele.

O amor é calmo. Sereno.

Mas precisa ser arrebatador de vez em quando.

Ela sente falta da emoção.

Quer ser vista como aquela menina por quem ele se apaixonou.

Quer carinhos fora de hora e beijos roubados.

Quer ver a admiração no olhos de quem ama e o desejo escorrendo pelos poros.

Quer que seu coração bata acelerado novamente.

Mas não sabe como.

O amor os amansou.

A rotina os transformou.

E os problemas do dia a dia, os soterraram neles mesmos.

Agora são dois, não apenas um.

E então, ela sente-se infeliz por desejar viver algo mais.

Porque ela o ama.

Porque ele parece não notar.

Porque ela não sabe o que fazer para que ele perceba...

E ai, um dia, ela cansa da mesmice da sua vida.

E resolve virar a mesa.

Toma um banho e se veste para a batalha.

Arruma o cabelo e capricha no perfume.

Escolhe a lingerie e prepara o jantar.

O espera como uma adolescente.

Se sente meio ridícula, mas segue em frente.

Ele entra em casa e a olha espantado.

Ela está linda e sorri provocante.

Ele a olha embasbacado e não entende o que está acontecendo.

Ela se aproxima e o beija.

Confuso, ele só a olha.

Ela o puxa para o sofá e o surpreende.

Ele desperta do torpor e a vê.

Não como alguém que ele vê todo dia.

Ele a vê como a mulher que ela é.

E as mãos dele tremem.

Porque no fundo ele sabe:

Aquele lago sereno que o amor os colocou, tem corredeiras violentas.

E agora eles despencam, sem medo das curvas no caminho.

Eles querem a emoção do começo.

Eles se procuram e se acham.

E por algumas horas, o amor é suplantado pela paixão.

Até que outro dia nasça.

Até que a rotina os engolfem.

Mas agora, eles sabem.

O amor é algo vivo.

Que modifica-se.

Que assume formas e contornos.

E que se houver esforço de ambos,

transforma-se em mar aberto.

Porque não existe maturidade no amor.

O amor maduro é uma ilusão.

O amor precisa da loucura,

pois a loucura é a pincelada de cor na tela calma do amor.

E eles querem ser um só novamente.

Mesmo que por poucas horas.

E agora eles sabem....

É possível.

Contanto que não se percam um do outro.

Porque se amam.

Loucamente.

E o amor não tem idade.


Sheila Guedes



"Em certa idade, quer pela astúcia quer por amor próprio,

as coisas que mais desejamos são as que fingimos não desejar."

Marcel Proust


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Beijão, amigos!


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