Oi gente!
Estou muito feliz com o número de pessoas que andam passeando por aqui. Muito obrigada!
Agora você pode deixar seu comentário no final do post. Vou gostar muito de ler! ;)
Bem, estava lendo um livro que tenho há muito tempo e que gosto muito chamado Perdas & Ganhos da Lya Luft.
Gosto de ler livros que me levam a reflexões comportamentais e vivo intercalando minhas leituras "leves" com leituras reflexivas.
É por isso que adoro a Martha Medeiros, o Rubem Alves, a Lya Luft e tantos outros autores mestres na arte da reflexão.
Neste livro, a Lya nos leva a uma reflexão profunda sobre o que perdemos e o que ganhamos ao longo da vida.
"Somos transição, somos processo. E isso nos perturba" diz a Lya.
E foi assim no meio da leitura que uma palavra surgiu e me causou inquietação: o equilíbrio.
Conseguir viver em equilíbrio talvez seja a meta mais ambiciosa e audaciosa que podemos traçar. Equilibrar sensações e emoções e saber reconhecer quando e como conseguir atingir essa meta torna a vida um grande desafio.
Vou pegar como exemplo o amor que uma mãe sente pelo filho.
Existe algo mais difícil de equilibrar?
O amor materno é tão intenso que quase sempre nos torna permissivos demais. É difícil dizer não para alguém que amamos tanto e de forma tão desmedida... mas, esses "nãos" são muito necessários.
Encontrar o equilíbrio entre o sim e o não na educação dos filhos é algo determinante para a pessoa que ele irá se tornar.
Equilibrar esse amor e não deixar ele te dominar ao ponto de comprometer a relação entre a autonomia que a criança deve ter e autoridade que cabe aos pais , é algo realmente desafiador.
E ser analisarmos o equilíbrio na relação entre casais, aí fica tudo muito mais complexo.
Equilíbrio.
Sentir ciúmes é sinal de amor, o excesso dele vira obsessão: equilíbrio.
Comer é bom, o exagero causa doenças: equilíbrio.
A religião quando é levada ao extremo vira fanatismo: equilíbrio
O livro ao qual me referi no início do texto, não fala de equilíbrio, fala do tempo e da vida, mas para se viver bem é necessário equilibrar-se na gangorra que é a vida.
Quando amamos alguém, o nosso ponto de equilíbrio se transforma, se modifica. Encontrar o eixo e tentar contornar os reverses que a vida dá, é a chave do sucesso e da felicidade.
Pensem nisso.
Concluo com uma citação deste livro maravilhoso, que define o que é viver de forma completa.
"Viver, como talvez morrer, é recriar-se a cada momento (...) A vida não está aí apenas para ser suportada ou vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada.
Não é preciso realizar nada de espetacular.
Mas que o minimo seja o máximo que a gente conseguiu fazer consigo mesmo."
(Perdas & Ganhos, Lya Luft, pg. 155)
Perfeito, não é?
Espero que tenham gostado.
Beijo!
Sheila Guedes
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